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quarta-feira, abril 16, 2008

...

Uma após outra
as portas fecham-se atrás de mim
devagar, sem ruído.

segunda-feira, março 26, 2007

Notícias de mim

Há dois anos atrás, noutro recanto, foi um projecto de comunicação, de partilha.
Hoje, guardei-o.
Hoje o tempo é de ameaça à persistência de memórias intemporais.
Hoje é tempo de as proteger sob o silêncio.






Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz.
Schopenhauer




Sharon L. Bludau (2002). The Guardian

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Aumento do tempo de esperança de vida...

Vida para ver nascer Abril
+
Vida para o ver morrer
+
Esperança de ver despontar novo Abril


In James Thurber. A última flor. Publ. D. Quixote.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Noticiário

Política nacional: nada de novo...

"De que valem as medidas, se os grandes figurões são os primeiros que as infringem?"
[D. Pedro V (1837-1861)]

"Política de acaso, política de compadrio, política de expediente."
[Eça de Queiroz (1867)]


Política mundial...


Gaurav Sharma (2006). Hypocrisy

Campeonato europeu...

Aguardam-se com expectativa os resultados de 2007. Portugal novamente vencedor?


Campeonato 2005

Portugal: O país da União Europeia com maior desigualdade entre ricos e pobres.

(Referência aqui)

terça-feira, outubro 24, 2006

Chega um tempo...

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummond de Andrade, Os Ombros Suportam o Mundo

quarta-feira, outubro 04, 2006

Tempo de antena

_________________

Infelizes os homens que têm todas as ideias claras.
(Pasteur)

As pessoas equivocadas parecem falar mais alto que os outros.
(Andy Rooney)

domingo, outubro 01, 2006

Entre os vampiros e os sonhos

(Recuando, fica mais espaço para tomar balanço)



Os vampiros e o seu deus

"Ao escolherem o Império Americano contra a democracia planetária, os senhores do mundo fizeram recuar a humanidade vários séculos"
Jean Ziegler* (2002)



Mac Lewis, God Money




Hacene Oumessade, Empire State

____________________

Andrew Woodword, Cross Country Looking Back

_______________________________


Os sonhos
(Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
[...]
Que sempre que um homem sonha ...........
)


Aprendi uma coisa e sei ao morrer
Que ela é válida para todos nós:
Os vossos bons sentimentos, que significam eles
Se nada deles transparecer?
E o vosso saber, que é dele
Se não tiver consequências?
[...]
É o que vos digo:
Preocupem-se, ao deixar este mundo,
Não em terem sido bons, porque isso mão basta,
Mas em deixar um mundo bom!
Berthold Brecht


George Denninger, Turn Ye

________

*Jean Ziegler (2003). Os Novos Senhores do Mundo - E os seus Opositores. Ed. Terramar.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Uma assinatura... uma passagem.



















Richard Calvo, Passage

sexta-feira, junho 16, 2006

Um dia - uma data, um momento (uma metáfora apenas)

(Salvador Dali)

domingo, maio 28, 2006

Memórias de Zeca e Adriano (Utopias??)

(Sem metáforas)

Utopias, ou calaram-se as vozes e paralisaram as mãos?



domingo, abril 30, 2006

Pensamento

Chip Forelli, Running River

____________
Viver não é mais do que teimar, persistir num pensamento,
não é mais do que teimar, persistir no que se pensa.
Viver não é mais do que teimar, persistir

em ver sentido para a própria vida
mesmo que ela não tenha nenhum sentido,
mesmo se se sabe que não tem nenhum sentido.


É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

(Eugénio de Andrade)





quinta-feira, abril 27, 2006

Tacanhez

Um homem deitou-se dizendo
não ponho não ponho o cravo na lapela
o homem acordou ufano
achara a exibição da diferença
nem cravo nem o discurso que esperam
hi hi hi

Outros acharam suas exibições da diferença
não saúdo não saúdo os capitães
eles vieram pela madrugada para provocar distúrbios
não me digam não me digam que sem eles
eu poderia não estar nesta rica cadeirinha
que parvoíce e o meu mérito?

Que se há-de fazer
nem todos podem ter mais imaginação
nem todos nascem para aprender a tirar o chapéu
dizem que o ceu é para os pobres de espírito
querem dizer que é para os simples e humildes
como a História é para os que foram grandes
não para os que se põem em bicos dos pés
para que os vejam para que os vejam.


Que se há-de fazer
nem todos podem ter mais imaginação
nem todos podem ter aguda visão
no meu país há cada vez mais poleiros
são precisos são precisos
como se mostrariam os grandes cérebros
deve ser da alimentação
esta baixa da altura média
este tempo de testas nos umbigos
esta crise esta crise.

Onde andam os homens do meu país?

Sirvam-se

Liberdade?

sábado, abril 01, 2006

Interrogando...

"Tirar dentro do peito a Emoção,
A lúcida verdade, o Sentimento!
- E ser, depois de vir do coração,
Um punhado de cinza esparso ao vento!...

Sonhar um verso de alto pensamento,
E puro como um ritmo de oração!
- E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento...

(...)"
Florbela Espanca, Tortura

?












Um punhado de quê?
A cinza e o pó não são brancos...

Adenda?

Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio

que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca

que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza

pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade

metade de mim é o que penso
a outra metade um vulcão

metade de mim é o que eu grito
a outra metade é silêncio


(Excertos desordenados retirados de
Oswaldo Montenegro, Metade)



Meu 2005/2006

Flores da cerejeira,
que não conheceis a primavera,
que a partir deste ano
aprendais a esquecer para sempre
que um dia havereis de cair.

KI NO TSURAYUKI

Para a semana vou preencher um impresso...
que consiga fazê-lo sem ódio.

domingo, março 19, 2006

Parábola sobre um vírus

"Pelos finais do século XX, um mal atacou o mundo. Nem todos morreram dele, mas todos foram atingidos. (...) Este[o vírus] fizera a sua aparição por volta do século XVI (...). Os sintomas com que se manifestava pareciam à época insignificantes e os homens (que o vírus atingia preferencialmente as mulheres) não só se acostumaram, desenvolvendo os anticorpos necessários, como ainda souberam tirar proveito do vigor reforçado que ele provocava. Mas o vírus atravessou o Atlântico e encontrou na seita dos que o propagaram um terreno favorável, desprovido de anticorpos, o que conferiu à doença que ele causava formas extremas.
O vírus voltou a aparecer na Europa pelos finais do século XX, regressando da América, onde havia sofrido mutações e, reforçado, conseguiu destruir grande número dos anticorpos que os europeus haviam desenvolvido ao longo dos três séculos precedentes. (...)
O vírus provocava nas vítimas uma curiosa esquizofrenia. O ser humano deixava de viver como um ser total, que se organizava para produzir o necessário à satisfação das suas necessidades (aquilo que os estudiosos qualificaram como «vida económica») e que ao mesmo tempo desenvolvia instituições, regras e costumes que lhe permitiam progredir (o que os mesmos estudiosos designaram por «vida política»), consciente de que estes dois aspectos da vida social eram indissociáveis. Doravante, passou a assumir-se, ora como «homo oeconomicus», abandonando àquilo a que chamava «o mercado» a tarefa de regular automaticamente a sua «vida económica», ora como «cidadão», depositando nas urnas os votos com que escolhia aqueles que tinham a responsabilidade de estabelecer as regras do jogo da sua «vida política».
As crises do final do século XX e do início do século XXI - de que felizmente já nos livrámos definitivamente - giravam todas em torno das confusões e dos impasses provocados por esta esquizofrenia. A Razão - a verdadeira, não a americana - acabou por levar a melhor. Todos os povos sobreviveram, os europeus, os asiáticos, os americanos e até os texanos, que entretanto mudaram muito e se tornaram seres humanos semelhantes aos outros. (...) Na outra hipótese não haveria mais ninguém para escrever a história (...), toda a humanidade teria perecido no holocausto. Os últimos sobreviventes, texanos, haviam-se organizado num bando errante, para depois serem imolados sob ordens do chefe da sua seita, que julgavam ser uma personagem carismática. Também se chamava Bush. (...)"

[In Samir Amin (2005). O Vírus Liberal - A guerra permanente e a americanização do mundo, Introdução. Campo das Letras. (Título original: Le virus libéral) ]

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Notícias de mim



(...)
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
-Sei que não vou por aí!
José Régio in Cântico Negro



Paul Cezanne, A Turn in the Road






?

sábado, janeiro 28, 2006

Outras migalhas (banquetes na aldeia global)



(...)
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

(José Afonso)

Banquete no meu país



Preparação



















Banquete











Migalhas

sexta-feira, novembro 04, 2005

No meu país...

"Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
"

Explicação do meu país

País de Abril é o sítio do poema.
Não fica nos terraços da saudade
não fica nas longas terras. Fica exactamente aqui
tão perto que parece longe.
(...)
Manuel Alegre, Explicação do País de Abril

segunda-feira, setembro 12, 2005

Sra. Ministra

(Sem metáfora)





Sob a chuva de pedras,
continuamos...
a olhar este quadro.

O que cega o Poder...
agora?
O déficit?
O poder?








James Haillar, Going To School

_____________________________________

(Com metáfora)

Quadro de fundo: Sandor Konyves

quinta-feira, setembro 01, 2005

Notícias do meu país

terça-feira, agosto 30, 2005

Sementes e deuses velhos












(Mindy Newman)





Pois abutres são deuses velhos
que servem luto nos sonhos
(Roberval)








(Billy Lindsay)

sábado, agosto 27, 2005

Todo o tempo é semente

Grant Wood, Seed Time

Adenda

Apesar dos abutres...


A. Pinkerton

quinta-feira, agosto 25, 2005

Parábola 2

Todos os bosques e todas as florestas foram destruídas,
assim como todos os jardins
e todas as obras de arte.

E os seres humanos limitaram-se a ficar sentados
sem nada fazer.

Um dia uma rapariguinha que nunca tinha visto uma flor
viu, por acaso, a última flor do mundo.

Um dia uma abelha visitou a flor,
e depois veio um passarinho.
Em breve apareceram duas flores, depois quatro
e depois muitas flores.

(Extractos de A última flor, James Thurber)


(do original, 1939)

quarta-feira, agosto 24, 2005

Parábola 1

Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem.Seu nome não está nos livros. É feia.
Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. É feia.
Mas é uma flor.
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
(Carlos Drummond de Andrade)


Carlos (cartunista)

segunda-feira, agosto 22, 2005

Pausa (para mudar o olhar)

Senerity

Li Keran (Chinese Painter, 1907-1989)

domingo, agosto 21, 2005

Pela força












(Há duas maneiras
de governar:
pela força
ou pela farsa.
Glauco Mattoso)

Pela farsa













(Há duas maneiras
de governar:
pela força
ou pela farsa.

Glauco Mattoso)


Michael de Ghelderode, Farsa

sábado, agosto 20, 2005

Cerca, 2005


O jornaleiro espantado
que eu queira comprar
o jornal de ontem.
André Duhaime

sexta-feira, agosto 19, 2005

Ainda o meu país

murcharam tua festa, pá,
mas certamente
esqueceram uma semente
nalgum canto de jardim.
(Chico Buarque)

quinta-feira, agosto 18, 2005

Notícias do meu país

quarta-feira, agosto 17, 2005

A luz no fim do túnel

E neste túnel...?

segunda-feira, agosto 15, 2005

Mas... todos podem ser poetas!

(...)
Ser poeta é ver as coisas mais simples
Pelos olhos de uma abelha, multifacetadas,
E assim, enxergar detalhes mil,
Onde os outros não conseguem enxergar nada.
(...)
Fátima Irene Pinto




– Poça, como eu gostava de ser poeta!
– Homem! No Chile todos são poetas. É mais original que continues a ser carteiro. Pelo menos andas muito e não engordas. No Chile todos os poetas são barrigudos.


Il postino

Divulgue o seu blog!