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terça-feira, outubro 24, 2006

Chega um tempo...

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummond de Andrade, Os Ombros Suportam o Mundo

quarta-feira, outubro 04, 2006

Tempo de antena

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Infelizes os homens que têm todas as ideias claras.
(Pasteur)

As pessoas equivocadas parecem falar mais alto que os outros.
(Andy Rooney)

domingo, outubro 01, 2006

Entre os vampiros e os sonhos

(Recuando, fica mais espaço para tomar balanço)



Os vampiros e o seu deus

"Ao escolherem o Império Americano contra a democracia planetária, os senhores do mundo fizeram recuar a humanidade vários séculos"
Jean Ziegler* (2002)



Mac Lewis, God Money




Hacene Oumessade, Empire State

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Andrew Woodword, Cross Country Looking Back

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Os sonhos
(Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
[...]
Que sempre que um homem sonha ...........
)


Aprendi uma coisa e sei ao morrer
Que ela é válida para todos nós:
Os vossos bons sentimentos, que significam eles
Se nada deles transparecer?
E o vosso saber, que é dele
Se não tiver consequências?
[...]
É o que vos digo:
Preocupem-se, ao deixar este mundo,
Não em terem sido bons, porque isso mão basta,
Mas em deixar um mundo bom!
Berthold Brecht


George Denninger, Turn Ye

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*Jean Ziegler (2003). Os Novos Senhores do Mundo - E os seus Opositores. Ed. Terramar.

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